quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

VERSIVOX - VERSOS, SOM, VOZ: POESIA



Um sarau no qual o poema é tocado e a palavra é o grande instrumento

Desenvolvido por Carlos Correia Santos, Júnior Cabrali e Alberson Alves, projeto propõe um novo modo de declamar versos.



Um grupo litero-musical criado para celebrar a Poesia. Jograis modernos. Artistas que fazem as palavras se deitarem na cama da música de forma instigante. Violões, rabecas, percussões e outros instrumentos a serviço único dos versos.  Tudo isso é o projeto Versivox, desenvolvido pelo poeta Carlos Correia Santos e pelos musicistas Júnior Cabrali e Alberson Alves. Uma experimentação na qual recitações de poemas são acompanhadas por melodias próprias. Sempre composições autorais.

A ideia é simples, mas foge do lugar comum. Bases sonoras são criadas para emoldurar a declamação dos poemas. Essas bases têm feições diversas. Podem usar instrumentos de corda e percussão. Podem ser valer de samples. Ou podem também ter apenas a estrutura de arranjos vocais. Tudo com intuito único dar mais valor e mais colorido às estrofes recitadas.

“Estamos fazendo um estudo que se situa no limite entre o show musical e a declamação poética. Mais que tudo, no entanto, é um projeto para celebrar o Poema. Somos recitadores”, explica Correia que, com esse empreendimento, está trazendo ao público outra faceta: “Pela primeira vez, estou subindo ao palco para recitar poemas e tocar. Estudei violão, violino e flauta por vários anos. Estava na hora de colocar tudo isso a serviço da arte dos versos”.

Carlos explica ainda que a proposta do Versivox é mostrar que saraus de poesia podem ter uma feição diferenciada, contemporânea. “Queremos, muito abusadamente, fazer o grande público se reaproximar da recitação poética. Nosso compromisso é mostrar que os saraus de poemas podem ser plugados, cênicos. Nosso desejo é ter nas plateias gente de toda idade. Especialmente os jovens, que andam tão distantes da arte das letras”.  

COMPROMISSO SOCIAL

O Versivox tem ainda um compromisso sociocultural. Todas as apresentações do grupo estarão atreladas ao PROJETO | SOU RIO DE LETRAS, que levará leituras aos ribeirinhos da região Amazônica. Os espectadores que forem assistir o Versivox serão convidados a doar livros já lidos que serão doados às escolas das comunidades das ilhas.

OS INTEGRANTES

Dono de vasta experiência artística, com prática em diversos instrumentos, Júnior Cabrali é acadêmico do Curso de Música a UEPA e diretor musical da Companhia Teatral Nós Outros. No teatro, já conduziu a composição e execução de trilhas para diversos espetáculos, como O Glorioso Auto do Cristo Rei, de Hudson Andrade, e Batista, de Carlos Correia Santos. Há vários anos, Cabrali também desenvolve pesquisa sobre a rabeca na Marujada de Quatipuru, cidade do interior da Amazônia. Também integra o grupo Lapidação Poética.

Também acadêmico do curso de Música da UEPA, Alberson Alves é igualmente multi-instrumentista. Participa de projetos musicais em Belém e Castanhal. Atou em espetáculos cênicos como “Acorde Margarida”, de Correia Santos, e “Cantata Gloriosa”, de Hudson Andrade.

Um dos mais atuantes nomes da atual literatura amazônica, Carlos Correia Santos é poeta, contista, romancista e dramaturgo. Já venceu vários prêmios dentro e fora do Brasil. Suas peças já foram traduzidas para o francês e espanhol. Importantes artistas brasileiros, como Stella Miranda (que interpretou a síndica do humorístico "Toma La, Dá Cá", de Miguel Falabella, exibido na TV Globo), já assinaram direção de suas obras. É também autor de “Velas na Tapera” (romance vencedor do Prêmio Dalcídio Jurandir), “Senhora de Todos os Passos” (romance vencedor do Prêmio IAP de Edições Culturais 2011), “Nu Nery” (dramaturgia vencedora do Prêmio IAP de Literatura), “Ópera Profano” (dramaturgia vencedora do Prêmio Literário Cidade de Manaus), “Batista” (dramaturgia vencedora do Prêmio IAP de Edições Culturais) e do livro de poemas “Poeticário”. Foi o criador, coordenador e apresentador das programações de fomento à leitura “Café com Verso e Prosa”, “Café com Leituras” e “Estrada de Letras Sarau Viajante”. Ao lado de Gerlando Santana, realiza o projeto “Sou Rio de Letras”, que leva leituras aos ribeirinhos da Amazônia.

FICHA TÉCNICA:

O TRIO

Carlos Correia Santos (violão de nylon, violino e recitação)
Júnior Cabrali (violão nylon, rabeca, percussão e vocais)
Alberson Alves (violão de aço, cavaquinho e vocais)

OUTRAS ESPECIFICAÇÕES

Carlos Correia Santos: criação poética
Júnior Cabrali: direção musical, arranjos
Alberson Alves: direção vocal, arranjos
Hudson Andrade: direção cênica
Brends Nunes: fotos divulgação
Parla Página: Assessoria e conteúdos

OUÇAM ALGUNS EXPERIMENTOS
DO VERSIVOX NOS LINKS ABAIXO

POEMA PARA PEDIR PERDÃO

BALADA QUE NINGUÉM ESCUTA: 


ELE PORQUE CORREU PORQUE CARCOMIA:

https://soundcloud.com/carloscorreiasantos/versivox-ele-correu-porque

VEM AÍ A PRIMEIRA FESTA PARAENSE DA POESIA




SOBRE O EVENTO

A Companhia Teatral Nós Outros, o Coletivo Parla Palco e Parla Página – Produção de Conteúdos, em parceria com o Sesc Boulevard e Instituto Cultural Extremo Norte, apresentam a Primeira Festa Paraense da Poesia. No Brasil, o 14 de março é celebrado como o Dia do Poeta e da Poesia. A data é uma homenagem ao dia em que nasceu Castro Alves. Comemorar é preciso! Poetas, músicos, leitores... A Musa chama a todos para viver e aplaudir o lirismo! Que a noite seja imensa e a alma voe mais vasta! Evoé!

A PROGRAMAÇÃO

18h às 18h20 –
Performance “Versos de um Zé”, com André Ponce de Leão

18h30 às 19h20 –
Projeto Rota Intercâmbio com Sidney Nicéas (Recife) e poeta do Instituto Cultural Extremo Norte (Pará): interação com poetas na plateia, convidados de Belém, Marabá, Paragominas e Marajó.

Mediação
: Hudson Andrade.

19h30 –
Espetáculo Sarau Versivox com Carlos Correia Santos, Júnior Cabrali e Alberson Alves

20h20 – Sessão coletiva de autógrafos com autores da Giostri, Extremo Norte e demais editoras

TODA A PROGRAMAÇÃO TEM ENTRADA FRANCA. CONVIDAMOS, PORÉM, O PÚBLICO A DOAR LIVROS JÁ LIDOS PARA SEREM DISTRIBUÍDOS AOS RIBEIRINHOS DENTRO DO PROJETO SOU RIO DE LETRAS! PARTICIPE!

SOU RIO DE LETRAS FAZ A LITERATURA NAVEGAR PELOS RIOS DA AMAZÔNIA


Projeto leva leituras para ribeirinhos que vivem nas ilhas nos arredores de Belém

Coordenada pelo estudante de jornalismo Gerlando Santana e pelo escritor Carlos Correia Santos, iniciativa democratiza acesso ao livro.








Os livros se transformando em barcos capazes de fazer navegar pelos sonhos e pelas descobertas leitores que não moram nos núcleos urbanos da Amazônia. Esse é o mote principal do PROJETO | SOU RIO DE LETRAS. Idealizada pelo estudante de jornalismo Gerlando Santana, a iniciativa conta com a participação do poeta, contista, romancista e dramaturgo Carlos Correia Santos. A ideia é simples, mas os efeitos potencialmente multiplicadores. “A proposta é levar o escritor para as localidades ribeirinhas com o intuito de fazê-lo ler seus livros, ao vivo e em cores, em eventos abertos ao grande público. Além das obras do escritor-leitor, arrecadamos também livros doados por outros autores que serão entregues nas comunidades com o intuito de criar ou fomentar bibliotecas locais”, explica Gerlando.

Escolhido para ser o escritor-leitor do projeto, Carlos Correia se diz honrado e positivamente provocado pelo desafio: “A ideia do Gerlando é simplesmente linda e eu me sinto muito feliz por ter sido escolhido por ele para seguir nessa jornada poética por nossos rios, furos, igarapés, levando leitura. Fico ainda mais feliz porque não vou sozinho. Estamos levando conosco a obra de outros colegas. A imagem que se desenha já é pura poesia. Imaginem só: nós, os livros, o público escutando as leituras e a paisagem amazônica a nossa volta. Fantástico”. O empreendimento conta com o apoio da Giostri Editora, que doará exemplares para serem lidos e doados às comunidades, Gran Cargo, que transportará os livros e de Parla Página – Produção de Conteúdos, que faz a assessoria de comunicação. 

ESTREIA

O primeiro pouso do SOU RIO DE LETRAS aconteceu no dia 19 de janeiro de 2013, na Ilha de São Mateus na divisa dos municípios de Mocajuba e Cametá na região do baixo Tocantins. A emoção provocada pela expedição marcou profundamente Carlos Correia Santos. O escritor relata: "Vivi aquela que certamente foi uma das mais colossais experiências sensoriais que já passei na vida. Saímos de Belém por volta das 13h. Foram mais ou menos cinco horas de carro até Mocajuba (passando por pontes, balsas, tudo). Chegamos a Mocajuba quando o dia já se despedia. Estávamos sendo esperados por um pequeno barco a motor, mas pequeno mesmo. A nossa frente, a imensidão do rio Tocantins. Um verdadeiro mar de ondulações doces. No que íamos entrando no barco, a luz em Mocajuba foi embora. Então, ali estávamos, seis pessoas no pleno escuro da Amazônia, num barquinho e o compromisso de atravessar a correnteza imensa até chegar ao braço de rio, entre a floresta, onde ficava a casa da tia Antônia, na qual faríamos pouso para realizar nosso empreendimento na manhã seguinte. Atravessar o mundo indomável de águas do Tocantins, num pequeno barco no meio do infinito da noite... uau... isso foi de fazer o fôlego voar. Colossal. Lindo. Comovedor. O mistério do negror das árvores nas margens, afastando-se mais e mais. O mundo virando água, água e só água. Acima de nós um céu furioso, nublado, o vento frio nos abraçando. Vivemos, meus caros conterrâneos amazônidas, num dos mais poderosos lugares do mundo. A vastidão da paisagem nos enverga, nos humilha de modo mágico, a nos fazer entender o quão mínimos somos. Um sopro a mais e todos nós éramos engolidos pela vastidão daquele rio. Que experiência bela. Sou muito, muito mais paraense depois disso. Obrigado, Gerlando".

A proposta é mesmo ousada. Segundo Santana, a meta é realizar as programações nas localidades mais afastadas dos núcleos urbanos. “Achamos isso importante porque são justamente esses lugares que mais precisam ver chegar ações assim. Regiões próximas das cidades, acabam, de algum modo, mantendo contato com ações culturais. Queremos chegar naqueles pontos, muitas vezes, até o acesso é difícil. É lá que o livro precisa estar também. Porque a boa leitura não tem fronteiras”. Os escritores que quiserem doar livros para serem entregues nas comunidades que receberão a iniciativa podem entrar em contato com a assessoria da ação através do email parlapagina@gmail.com


PROTAGONISTAS

Além das rodadas de leituras públicas, o projeto vai além. O SOU RIO DE LETRAS também conta com a participação ativa dos ribeirinhos. Os moradores são convidados a também se tornarem narradores públicos, contando durante a programação causos e lendas da região. A meta é celebrar e solidificar a tradição oral que marca e diferencia o imaginário amazônico.

Gerlando e Carlos fazem questão de frisar que toda a ação é realizada sem qualquer patrocínio oficial. “Decidi arregaçar as mangas e partir para o fazer. Convidei o Carlos, ele topou, estou produzindo as viagens e assim nós vamos”, frisa Santana. Correia completa: “Tenho deixado de esperar pelo poder público já há bastante tempo. Nunca fui o tipo de artista que só sai de casa para atuar com plena cobertura de patrocínios. Não. Enquanto a gente espera por editais, os dramas sociais se acirram. Se algum empresário quiser se somar ao projeto será evidentemente bem vindo. Mas não vamos esperar por nada. Não dá para esperar. Temos que ir encontrar os leitores agora, nesse momento”.

SOBRE O ESCRITOR-LEITOR

Um dos mais atuantes nomes da atual literatura amazônica, Carlos Correia Santos venceu o Prêmio Funarte de Dramaturgia por três anos consecutivos (2003, 2004 e 2005), o Prêmio Funarte Petrobras de Fomento ao Teatro (2005), o Prêmio Funarte Petrobras de Circulação Nacional (2006) e duas vezes o Edital Seleção Brasil em Cena do Centro Cultural Banco do Brasil (2007 e 2011). Incluídos no Catálogo da Dramaturgia Brasileira, de Maria Helena Kühner (iniciativa detentora do Prêmio Shell), seus textos já foram apresentados em Belém, São Luís, Natal, Recife, Camaçari, Piracicaba, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Teve espetáculos selecionados no Edital Caixa Cultural nos anos de 2008 e 2009. Em 2009, venceu a categoria dramaturgia, com o texto “Não Conte com o Numero Um No Reino de Numesmópolis”, do III Concurso Literatura para Todos, promovido pelo Ministério da Educação.

Suas peças já foram traduzidas para o francês e espanhol. Importantes artistas brasileiros, como Stella Miranda (que interpretou a síndica do humorístico "Toma La, Dá Cá", de Miguel Falabella, exibido na TV Globo), já assinaram direção de suas obras. Carlos Correia Santos é também autor de “Velas na Tapera” (romance vencedor do Prêmio Dalcídio Jurandir), “Senhora de Todos os Passos” (romance vencedor do Prêmio IAP de Edições Culturais 2011), “Nu Nery” (dramaturgia vencedora do Prêmio IAP de Literatura), “Ópera Profano” (dramaturgia vencedora do Prêmio Literário Cidade de Manaus), “Batista” (dramaturgia vencedora do Prêmio IAP de Edições Culturais) e do livro de poemas “Poeticário”. Foi Secretário do Sistema de Bibliotecas do Estado do Pará, coordenador do programa de ações preparatórias para a Feira Pan-Amazônica do Livro e, ainda, o criador, coordenador e apresentador das programações de fomento à leitura “Café com Verso e Prosa”, “Café com Leituras” e “Estrada de Letras Sarau Viajante”.

SERVIÇO: Interessados em fazer doações de livros podem entrar em contato através do email: parlapagina@gmail.com