Segue abaixo texto sem rodeios do jovem cineasta Mateus Moura. Opinião nua e crua sobre o nosso Ópera.
Esses viados são uns filhos da puta!
Mateus Moura
Sempre pra escrever de teatro eu penso 2 vezes, não conheço muito da História da Crítica ou mesmo da História do Teatro. Mas decidi pelo menos registrar minha admiração pelo musical que assisti na semana passada no Teatro Cláudio Barradas.
Esse blog pode parecer meio machista às vezes, e às vezes realmente o é, mas que fique registrada a minha admiração pelos gays, no campo da arte principalmente, mas também em todos os outros campos. Tem uns viados que são fodas.
O Dirty Harry falava que ele não tinha preconceito: ele odiava todo mundo... ensinou o meu caminho da libertação: desconfio de todo mundo. Outro dia, de frase em frase, chegou-se no dito, que em breve será popular, que “toda relação é bissexual”. Duvido alguém discordar – é fato: todo mundo é masculino e feminino.
O OPERA PROFANO, dramaturgia do Carlos Correia Santos, dirigido pelo Haroldo França e o Guál Dídimo, só não deve ter os músicos de homossexuais – entretanto sabemos que a música é a mais feminina das artes, e como o Ramon Rivera e o Armando Mendonça fizeram uns arranjos geniais, temos certeza que este lado é realmente aflorado neles, não há dúvidas.
Não me entendam mal os aponta-dedos da sociedade, não to mal-falando ninguém, pelo contrário, to tentando estabelecer o lugar cínico da arte na guerra dos sexos.
Quem tentar procurar defeito no OPERA é um enrustido! Um diamante é lapidado a cada ensaio. Um diamante concebido por Carlos Correia, dirigido por Haroldo e Guál, musicado por Ramon e Armando, e encenado por um grupo de atores iluminados.
To falando de inteligência de construção, sensibilidade poética, trabalho coletivo – é quase como o Círio: profano, sagrado, erótico, sublime, vulgar, belo, pesado, leve, tradicional, revolucionário, poderoso, suave. É uma opera!
Atmosferas.
As cenas cômicas são extremamente bem colocadas (corajosas). Mas foram as dramáticas que me marcaram: o estupro das sombras foi uma das coisas mais lindas que eu já vi, e a mise-en-scène do imenso bloco final me fez levantar da cadeira de tão esplendorosa: o quadro de Baby – o profano ser – nos braços – como Pietá – da escória; a santa com foco de luz próprio em primeiro plano, a entrada da Trindade, o ritual de benção; o que tenho a dizer é uma só palavra: Conseguiram.
OPERA PROFANUM.
No epílogo: a navalhada.
Se esse espetáculo não rodar o mundo, ele é realmente injusto. Vida longa...
Esses viados são uns filhos da puta!
Mateus Moura
Sempre pra escrever de teatro eu penso 2 vezes, não conheço muito da História da Crítica ou mesmo da História do Teatro. Mas decidi pelo menos registrar minha admiração pelo musical que assisti na semana passada no Teatro Cláudio Barradas.
Esse blog pode parecer meio machista às vezes, e às vezes realmente o é, mas que fique registrada a minha admiração pelos gays, no campo da arte principalmente, mas também em todos os outros campos. Tem uns viados que são fodas.
O Dirty Harry falava que ele não tinha preconceito: ele odiava todo mundo... ensinou o meu caminho da libertação: desconfio de todo mundo. Outro dia, de frase em frase, chegou-se no dito, que em breve será popular, que “toda relação é bissexual”. Duvido alguém discordar – é fato: todo mundo é masculino e feminino.
O OPERA PROFANO, dramaturgia do Carlos Correia Santos, dirigido pelo Haroldo França e o Guál Dídimo, só não deve ter os músicos de homossexuais – entretanto sabemos que a música é a mais feminina das artes, e como o Ramon Rivera e o Armando Mendonça fizeram uns arranjos geniais, temos certeza que este lado é realmente aflorado neles, não há dúvidas.
Não me entendam mal os aponta-dedos da sociedade, não to mal-falando ninguém, pelo contrário, to tentando estabelecer o lugar cínico da arte na guerra dos sexos.
Quem tentar procurar defeito no OPERA é um enrustido! Um diamante é lapidado a cada ensaio. Um diamante concebido por Carlos Correia, dirigido por Haroldo e Guál, musicado por Ramon e Armando, e encenado por um grupo de atores iluminados.
To falando de inteligência de construção, sensibilidade poética, trabalho coletivo – é quase como o Círio: profano, sagrado, erótico, sublime, vulgar, belo, pesado, leve, tradicional, revolucionário, poderoso, suave. É uma opera!
Atmosferas.
As cenas cômicas são extremamente bem colocadas (corajosas). Mas foram as dramáticas que me marcaram: o estupro das sombras foi uma das coisas mais lindas que eu já vi, e a mise-en-scène do imenso bloco final me fez levantar da cadeira de tão esplendorosa: o quadro de Baby – o profano ser – nos braços – como Pietá – da escória; a santa com foco de luz próprio em primeiro plano, a entrada da Trindade, o ritual de benção; o que tenho a dizer é uma só palavra: Conseguiram.
OPERA PROFANUM.
No epílogo: a navalhada.
Se esse espetáculo não rodar o mundo, ele é realmente injusto. Vida longa...
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