Perfídia Quase Perfeita inicia temporada no Teatro dos Satyros
Também são do Pará diretor e iluminadora da comédia dramática “Perfídia Quase Perfeita”. Atores e demais membros da equipe técnica são do sudeste.
Um espetáculo com DNA nortista chega ao foco de um dos mais concorridos territórios artísticos do país: a cena teatral paulista. Num autêntico link cultural que une artistas paraenses e do sudeste, estreia nesta sexta, dia 06, no Teatro dos Satyros 2, centro de São Paulo, a comédia dramática “Perfídia Quase Perfeita”, do dramaturgo nortista Carlos Correia Santos. A direção é de Cláudio Marinho e a iluminação assinada por Sônia Lopes, ambos também paraenses. Em cartaz até o dia 24 de junho, a produção é uma realização da paulistana Cia Fé Cênica e traz no elenco Geraldo Machado, Viviane Bernard e o próprio Cláudio Marinho. Premiado pelo Edital Seleção Brasil em Cena, do Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro / 2006), o texto de Correia é ambientado numa radionovela dos anos 1950. A trama joga com os conceitos de verdade e mentira, ilusão e certeza para abordar a questão ética e o poder de manipulação. Numa sociedade que não somente admite como também valoriza a mentira, o espetáculo brinca com os limites entre a realidade e a representação.
A dramaturgia apresenta estrutura que mistura várias referências, o que a torna multifacetada. Parece comédia, mas não segue “os manuais de fazer rir”; Parece absurdo, mas em nada se assemelha ao hermetismo de alguns textos do gênero; em alguns trechos sugere a estética trash. Diante de toda a riqueza do texto, o diretor buscou a exploração de todos os seus recursos para alcançar um resultado cênico que também expressa estas referências de gênero e estéticas. “A Cia. Fé Cênica tem como um dos objetivos estabelecer uma fácil comunicação com o público para abordar temáticas universais. O texto como ponto de partida para a montagem nos possibilitou isto plenamente”, diz o diretor Claudio Marinho.
A peça é também resultado de um processo de pesquisa sobre o trabalho do ator nos gêneros tragicomédia e comédia dramática. Esta abordagem se iniciou em 2007, quando o grupo dedicou-se a montagem da tragicomédia existencialista “Fogo Cruel em Lua de Mel”, do dramaturgo também paraense Nazareno Tourinho. “Nesta nova montagem buscamos a riqueza de nuances no trabalho dos atores para criar um clima de humor ácido e crítico. Buscamos fazer na frente da platéia um ardiloso jogo cênico, com suspense e poesia”, conta Marinho.
Para o autor, a oportunidade de ver uma criação sua chegar a um ambiente tão concorrido e referencial significa um momento marcante. “Toda montagem, toda estreia, seja em qual praça for, é sempre uma vitória, é sempre um momento para se festejar. Mas, claro, é impossível não admitir que estar num centro formador de opiniões culturais nacionais, como São Paulo, representa um passo a mais, traz uma sensação de amadurecimento e de abertura de um novo ciclo”, festeja Carlos.
SINOPSE
Cezinha e Dagmar são personagens da radionovela Perfídia Quase Perfeita, com script de rádio típico dos anos 1950. Mistério: após revelar uma "traição" conjugal, a mulher anuncia que um deles está morto e o outro está alucinando. Num jogo cruel e dissimulado, resta saber quem está morto.
A COMPANHIA
As atividades da Cia Fé Cênica se iniciaram em 2007, tendo como ponto de partida o estudo dos gêneros tragicomédia e comédia dramática e a vontade de tocar em questões existenciais, buscando uma fácil comunicação com o público. Logo o texto “Fogo Cruel em Lua de Mel” se mostrou ideal para este objetivo. Com esta montagem, que foi apresentada em três temporadas na cidade de São Paulo, a companhia iniciou o projeto “Trilogia Cênica Paraense - um mergulho na dramaturgia produzida no Estado do Pará”.
“Perfídia Quase Perfeita” teve suas primeiras apresentações no Teatro Lala Schneider participando na mostra paralela do Festival de Curitiba, em março de 2010. Esta é a segunda peça da trilogia, que se completará com a inédita montagem “Noivo do Vento”, de Claudio Marinho. Paralelamente ao desenvolvimento do projeto Trilogia Cênica Paraense, o grupo montou “As Ruminantes” (2009), com direção de Cláudio Marinho, texto de Saulo Sisnando.
O DIRETOR
Claudio Marinho é ator, diretor de teatro e jornalista. Dirigiu as peças “Fogo Cruel em Lua de Mel”, de Nazareno Tourinho, e “As Ruminantes”, de Saulo Sisnando, montagens da Cia. Fé Cênica, em atividade desde 2007. Atualmente é também responsável pela programação do Teatro Folha (São Paulo) e Teatro Amil (Campinas).
Formado pela Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará, trabalha como ator desde 1990. Integrou montagens de textos de Fernando Arrabal (A Bicicleta do Condenado), Peter Weiss (Marat-Sade), Molière (O Tartufo), Sófocles (Antígona), Eurípides (As Bacantes), entre outros. Radicado em São Paulo desde 2004, atuou nas peças “João e Maria” e “O Índio”, da Cia. Pessoal do Faroeste, e “Agorafobia”, com direção de Antônio Netto.
Participou da Semana de Dramaturgia, com Renata Pallottini (Senac Lapa); estudou Preparação Vocal, com Carlos Simioni (Grupo Lume), Teatro de Rua, com Eduardo Moreira (Grupo Galpão); Dramaturgia da Cena, com Kil Abreu; Teatro de Rua, com Amir Haddad. Estudou atuação para cinema com Fátima Toledo. Trabalhou no longa-metragem “Araguaya – A Conspiração do Silêncio”, de Ronaldo Duque (Brasil. 2004), no documentário “Curiuá Catu”, de Carlos Barreto (Portugal/Brasil. 2002) e nos curtas-metragens “Severa Romana”, de Sue Pavão (2007) e “X”, de Simone Bastos (2007).
Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal do Pará. Produziu e dirigiu documentários, trabalhou como repórter do jornal O Liberal (Belém-PA) entre os anos 2000 e 2004. Atualmente cursa pós-graduação em Jornalismo Cultural na Fundação Armando Álvares Penteado.
O AUTOR
Carlos Correia Santos é um dos dramaturgos mais atuantes e premiados do Estado do Pará. Ganhou os seguintes prêmios: Seleção Brasil em Cena, do CCBB (Rio de Janeiro/ 2006), por “Perfídia Quase Perfeita”; 1º lugar no Prêmio Funarte de Dramaturgia 2004, categoria Teatro Adulto – Região Norte, por “Júlio Irá Voar”; Prêmio IAP de Literatura 2004 - Categoria Teatro, por “Nu Nery”; 3º lugar no Prêmio Funarte de Dramaturgia 2003, categoria Teatro para a Infância e Juventude – Região Norte, por “Biblioteca Mabú”; 3º lugar no Prêmio Funarte de Dramaturgia 2005, categoria Teatro para a Infância e Juventude – Região Norte/Centro-Oeste, por “Ludique”.
Um espetáculo com DNA nortista chega ao foco de um dos mais concorridos territórios artísticos do país: a cena teatral paulista. Num autêntico link cultural que une artistas paraenses e do sudeste, estreia nesta sexta, dia 06, no Teatro dos Satyros 2, centro de São Paulo, a comédia dramática “Perfídia Quase Perfeita”, do dramaturgo nortista Carlos Correia Santos. A direção é de Cláudio Marinho e a iluminação assinada por Sônia Lopes, ambos também paraenses. Em cartaz até o dia 24 de junho, a produção é uma realização da paulistana Cia Fé Cênica e traz no elenco Geraldo Machado, Viviane Bernard e o próprio Cláudio Marinho. Premiado pelo Edital Seleção Brasil em Cena, do Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro / 2006), o texto de Correia é ambientado numa radionovela dos anos 1950. A trama joga com os conceitos de verdade e mentira, ilusão e certeza para abordar a questão ética e o poder de manipulação. Numa sociedade que não somente admite como também valoriza a mentira, o espetáculo brinca com os limites entre a realidade e a representação.
A dramaturgia apresenta estrutura que mistura várias referências, o que a torna multifacetada. Parece comédia, mas não segue “os manuais de fazer rir”; Parece absurdo, mas em nada se assemelha ao hermetismo de alguns textos do gênero; em alguns trechos sugere a estética trash. Diante de toda a riqueza do texto, o diretor buscou a exploração de todos os seus recursos para alcançar um resultado cênico que também expressa estas referências de gênero e estéticas. “A Cia. Fé Cênica tem como um dos objetivos estabelecer uma fácil comunicação com o público para abordar temáticas universais. O texto como ponto de partida para a montagem nos possibilitou isto plenamente”, diz o diretor Claudio Marinho.
A peça é também resultado de um processo de pesquisa sobre o trabalho do ator nos gêneros tragicomédia e comédia dramática. Esta abordagem se iniciou em 2007, quando o grupo dedicou-se a montagem da tragicomédia existencialista “Fogo Cruel em Lua de Mel”, do dramaturgo também paraense Nazareno Tourinho. “Nesta nova montagem buscamos a riqueza de nuances no trabalho dos atores para criar um clima de humor ácido e crítico. Buscamos fazer na frente da platéia um ardiloso jogo cênico, com suspense e poesia”, conta Marinho.
Para o autor, a oportunidade de ver uma criação sua chegar a um ambiente tão concorrido e referencial significa um momento marcante. “Toda montagem, toda estreia, seja em qual praça for, é sempre uma vitória, é sempre um momento para se festejar. Mas, claro, é impossível não admitir que estar num centro formador de opiniões culturais nacionais, como São Paulo, representa um passo a mais, traz uma sensação de amadurecimento e de abertura de um novo ciclo”, festeja Carlos.
SINOPSE
Cezinha e Dagmar são personagens da radionovela Perfídia Quase Perfeita, com script de rádio típico dos anos 1950. Mistério: após revelar uma "traição" conjugal, a mulher anuncia que um deles está morto e o outro está alucinando. Num jogo cruel e dissimulado, resta saber quem está morto.
A COMPANHIA
As atividades da Cia Fé Cênica se iniciaram em 2007, tendo como ponto de partida o estudo dos gêneros tragicomédia e comédia dramática e a vontade de tocar em questões existenciais, buscando uma fácil comunicação com o público. Logo o texto “Fogo Cruel em Lua de Mel” se mostrou ideal para este objetivo. Com esta montagem, que foi apresentada em três temporadas na cidade de São Paulo, a companhia iniciou o projeto “Trilogia Cênica Paraense - um mergulho na dramaturgia produzida no Estado do Pará”.
“Perfídia Quase Perfeita” teve suas primeiras apresentações no Teatro Lala Schneider participando na mostra paralela do Festival de Curitiba, em março de 2010. Esta é a segunda peça da trilogia, que se completará com a inédita montagem “Noivo do Vento”, de Claudio Marinho. Paralelamente ao desenvolvimento do projeto Trilogia Cênica Paraense, o grupo montou “As Ruminantes” (2009), com direção de Cláudio Marinho, texto de Saulo Sisnando.
O DIRETOR
Claudio Marinho é ator, diretor de teatro e jornalista. Dirigiu as peças “Fogo Cruel em Lua de Mel”, de Nazareno Tourinho, e “As Ruminantes”, de Saulo Sisnando, montagens da Cia. Fé Cênica, em atividade desde 2007. Atualmente é também responsável pela programação do Teatro Folha (São Paulo) e Teatro Amil (Campinas).
Formado pela Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará, trabalha como ator desde 1990. Integrou montagens de textos de Fernando Arrabal (A Bicicleta do Condenado), Peter Weiss (Marat-Sade), Molière (O Tartufo), Sófocles (Antígona), Eurípides (As Bacantes), entre outros. Radicado em São Paulo desde 2004, atuou nas peças “João e Maria” e “O Índio”, da Cia. Pessoal do Faroeste, e “Agorafobia”, com direção de Antônio Netto.
Participou da Semana de Dramaturgia, com Renata Pallottini (Senac Lapa); estudou Preparação Vocal, com Carlos Simioni (Grupo Lume), Teatro de Rua, com Eduardo Moreira (Grupo Galpão); Dramaturgia da Cena, com Kil Abreu; Teatro de Rua, com Amir Haddad. Estudou atuação para cinema com Fátima Toledo. Trabalhou no longa-metragem “Araguaya – A Conspiração do Silêncio”, de Ronaldo Duque (Brasil. 2004), no documentário “Curiuá Catu”, de Carlos Barreto (Portugal/Brasil. 2002) e nos curtas-metragens “Severa Romana”, de Sue Pavão (2007) e “X”, de Simone Bastos (2007).
Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal do Pará. Produziu e dirigiu documentários, trabalhou como repórter do jornal O Liberal (Belém-PA) entre os anos 2000 e 2004. Atualmente cursa pós-graduação em Jornalismo Cultural na Fundação Armando Álvares Penteado.
O AUTOR
Carlos Correia Santos é um dos dramaturgos mais atuantes e premiados do Estado do Pará. Ganhou os seguintes prêmios: Seleção Brasil em Cena, do CCBB (Rio de Janeiro/ 2006), por “Perfídia Quase Perfeita”; 1º lugar no Prêmio Funarte de Dramaturgia 2004, categoria Teatro Adulto – Região Norte, por “Júlio Irá Voar”; Prêmio IAP de Literatura 2004 - Categoria Teatro, por “Nu Nery”; 3º lugar no Prêmio Funarte de Dramaturgia 2003, categoria Teatro para a Infância e Juventude – Região Norte, por “Biblioteca Mabú”; 3º lugar no Prêmio Funarte de Dramaturgia 2005, categoria Teatro para a Infância e Juventude – Região Norte/Centro-Oeste, por “Ludique”.
Também recebeu menção honrosa pelo texto “Duelo do Poeta com Sua Alma de Belo” no concurso literário da Academia Paraense de Letras 2005; 1º lugar no Prêmio Literário Cidade de Manaus 2006, categoria teatro adulto (Prêmio Aldemar Bonates), por “Ópera Profano” Em cinema, foi vencedor do Edital Curta Criança 2003 do Ministério da Cultura, tendo como prêmio a produção do curta-metragem “Era Uma Vez Carol”.
É autor dos livros “Nu Nery” (Teatro / Instituto de Artes do Pará), “Poeticário” (Poemas / RKE, PA), “O Baile dos Versos” (Poemas / LITTERIS Editora, RJ) e “Velas na Tapera” (Romance vencedor da primeira edição do Prêmio Dalcídio Jurandir, promovido pela Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves). Teve poesias, contos, peças teatrais e ensaios publicados em 19 coletâneas, destacando-se a inclusão de seus textos nas coletâneas do Prêmio Funarte de Dramaturgia nos anos de 2003, 2004 e 2005.
SERVIÇO:
Perfídia Quase Perfeita. Texto de Carlos Correia Santos. Direção: Claudio Marinho. Com Geraldo Machado, Viviane Bernard e Claudio Marinho. Estreia dia 06 de maio de 2011, às 23h59, no Espaço dos Satyros 2 (Praça Roosevelt, 134, Centro, São Paulo-SP. Fone: 11 3258 6345). Temporada às sextas-feiras, até 24 de junho. Ingressos: R$30,00, R$15,00 (meia) e R$5,00 (moradores da Praça Roosevelt).
Acesse o blog da Cia. Fé Cênica:
http://ciafecenica.blogspot.com/
Para assistir o vídeo da peça, acesse:
http://www.youtube.com/watch?v=rO7tNiYhaHM
PERFÍDIA QUASE PERFEITA
Ficha técnica
Texto: Carlos Correia Santos
Direção: Claudio Marinho
Elenco: Geraldo Machado, Viviane Bernard e Claudio Marinho.
Cenário e figurinos: Geraldo Machado e Viviane Bernard.
Trilha sonora original: Cláudio Hodnik
Iluminação: Sônia Lopes
Operação de som: Denny Justiniano
Operação de luz: Homero Vieira
Fotos: Lenise Pinheiro
Design gráfico: Reinaldo Elias
Produção: Geraldo Machado e Claudio Marinho
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