quinta-feira, 31 de maio de 2012

PEÇA SOBRE MARGARIDA SCHIVASAPPA VOLTA COM RENOVADA ESTRUTURA MUSICAL E EVENTOS PARALELOS GRATUITOS


Palestra, workshop, novidades sonoras e mais uma cantora no elenco são as atrações da segunda temporada de “Acorde Margarida”

A memória de uma das mais importantes damas da arte amazônica reencontrará o público.  E com a alma renovada.  O musical “Acorde Margarida” fará sua segunda temporada no Teatro Cláudio Barradas, de 07 a 10 de junho, sempre às 20h, trazendo surpresas, uma nova dimensão técnica na trilha sonora e uma especial programação paralela. Os ingressos das sessões custam R$ 20,00, com meia para estudante, mas os demais eventos terão entrada gratuita.

Escrita por Carlos Correia Santos, com direção geral de Hudson Andrade, numa realização da Companhia Teatral Nós Outros, a peça traz para os holofotes a memória de Margarida Schivasappa, célebre professora de canto e artes cênicas que revolucionou a cultura amazônica. Após uma bem sucedida serie de apresentações no inicio do semestre, a produção retorna aos palcos com o compromisso de partilhar mais informações sobre a homenageada pela dramaturgia e sobre os processos de construção de um musical.

No dia 09 (sábado), às 17h, o público poderá participar gratuitamente de uma palestra sobre Schivasappa, ministrada pelo pesquisador Antônio Pantoja, grande referência na coleta de dados sobre a biografia da artista considerada pioneira do canto orfeônico e do fomento à formação teatral no Pará. Pantoja é autor do livro “Margarida Schivasappa: a Primeira Dama do Teatro Paraense”, que está sendo editado pela Fundação Tancredo Neves e inspirou a construção da trama de Correia.

No dia 10, também às 17h, o musicista Júnior Cabrali fará o workshop “Direção Musical para Espetáculos Teatrais”. Responsável pelas trilhas da Nós Outros há mais de dez anos, o artista partilhará seus conhecimentos sobre os processos de criação e experimentação sonora especificamente voltados à cena.

Para conferir as atividades gratuitas da programação paralela da peça não serão necessárias inscrições prévias. Os interessados precisam apenas estar no Cláudio Barradas quinze minutos antes do início dos eventos. Para a palestra será respeitado o limite de capacidade da sala de apresentações do Barradas. Para o workshop, no entanto, serão recebidos até 30 participantes por ordem de chegada.

MONTAGEM RENOVADA

Cabrali entrou na equipe de “Acorde Margarida” com a tarefa de ampliar as possibilidades da trilha sonora. Mas o músico não é a única novidade na trupe que fará esta segunda temporada. O espetáculo aumentou seu naipe de cantoras com a entrada de Cacau Novais na trama. A artista, que tem apostado vivamente em experiências teatrais, tanto que acabou de cumprir temporada no espetáculo “Batista”, traz agora sua força vocal para o enredo que reaviva os passos de Schivasappa. “O teatro tem me seduzido mais e mais”, afirma a intérprete. Autor e produtor da peça, Carlos Correia comemora a chega de Cacau: “Esse espetáculo é uma aposta no gênero musical por excelência. A qualidade dos recursos vocais é uma preocupação que estamos perseguindo. Até porque se trata de uma exigência deste segmento”.

Além de Cacau, a montagem tem no elenco Maíra Monteiro, Fernanda Barreto e Tiago de Pinho. A luz é assinada por Sônia Lopes. A cenografia e figurinos originais são de Néder Charone. Coreografias originais de Waldete Brito. Melodias originais de Reginaldo Viana e Zé Neto. Os arranjos, adaptações e execuções musicais são conduzidos por Júnior Cabrali e Alberson Alves. Fotos e vídeos de Brends Nunes. A assessoria e a produção de conteúdo são feitas por Parla Página. O empreendimento tem incentivo da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves. Os apoios culturais são de Giostri Editora, Incra, Gráfica D´Avila, Espaço Experimental de Dança, EKO Estratégias em Comunicação, Revista Pará Mais, Unipop e Zarabatana Produções Musicais.

SINOPSE E INTERNET

A metáfora é a grande senha usada pelo enredo de “Acorde Margarida” para abrir as portas do universo em torno da grande dama do canto e do teatro nortista. No concorrido e abarrotado DMP (Departamento da Memória Pública), chega um pedido urgente e aflito. Um ofício anônimo implora: por favor, resgatem o legado de Margarida Schivasappa. O atrapalhado despachante que recebe a solicitação fica angustiado. Mas quem, afinal, é essa senhora? Só lhe resta pedir a ajuda de sua superiora, a apática e estranha Madame Memê. O problema é que nem ela sabe quem é a tal Margarida. Tudo fica muito mais complicado quando duas senhoras surgem no DMP afirmando que são Margarida Schivasappa.

Mas qual das duas fala a verdade? E por que toda essa confusão está acontecendo? Uma grande e provocativa metáfora sobre o esquecimento que aprisiona o legado de artistas fundamentais para a História Cultural do Brasil: esse é o diapasão que afina o musical Acorde Margarida. Aluna de Villa Lobos, destacada por Getúlio Vargas e saudada por Bibi Ferreira, Margarida Schivasappa atuou decisivamente para o crescimento da arte cênica na região Norte. Foi uma das fundadoras do Teatro do Estudante, disseminou a técnica do Canto Orfeônico e ajudou na chegada da Fundação Pestalozzi ao Pará


Grande homenagem à memória de uma época fundamental para os rumos da cultura brasileira, o projeto do musical “Acorde Margarida” mantêm um Blog com textos sobre Villa Lobos, canto orfeônico e demais temas ligados ao universo de Schivasappa. A produção usa também o Facebook, o Twitter e o Youtube como estratégias de difusão e divulgação “A ideia é mostrar que as mídias sociais, mecanismos tão contemporâneos, podem também funcionar como disseminadores de informações sobre outros períodos histórico-culturais relevantes, como aquele em que viveram Margarida e seu famoso professor. No ano em que o maestro completaria 125 anos, estamos fazendo com que as novas gerações ligadas na internet conheçam melhor seu legado”, explica o diretor Hudson Andrade.

Serviço: Segunda temporada do musical “Acorde Margarida”, de 07 a 10 de junho, sempre às 20h. Ingressos: R$ 20,00 inteira e R$ 10,00 a meia. Programação paralela gratuita nos dias 09 e 10, sempre às 17h. Tudo no teatro Cláudio Barradas. Informações: 8822-4453. Blog da peça: http://acorde-margarida.blogspot.com

terça-feira, 22 de maio de 2012

ESPETÁCULO BATISTA ATRAI NÚMERO GRANDE DE ESPECTADORES AO SESC BOULEVARD


O interesse pela peça BATISTA tem sido tão grande que, na última sexta, foi necessário realizar duas sessões.

A estudante Claudia Fernandes confessa que se assustou quando chegou ao Sesc Boulevard, na última sexta-feira, dia 18, e se deparou com a aglomeração de pessoas a espera do inicio da sessão do espetáculo BATISTA, da Companhia Teatral Nós Outros. A fila se estendia da porta da sala de apresentações e tomava dois rumos: subia a escada em espiral que levava aos outros andares do espaço e descia a escada que dava acesso à entrada do centro cultural. “Admito: não imaginava que um espetáculo teatral local pudesse atrair essa quantidade de público. Talvez por preconceito meu, não sei. Mas foi uma surpresa boa. Decidi ficar e esperar pela apresentação”.

Claudia foi uma das espectadoras que foram conferir a peça de Carlos Correia Santos que conta traços da biografia do Cônego Batista Campos, apontado como um dos principais mentores da Cabanagem. O espetáculo que traz Hudson Andrade e Cacau Novais em cena tem atraído atenção de movimentadas plateias desde sua estreia, no dia 10. Nesta última sexta, o volume de público foi tão grande que se fez necessário realizar duas sessões. A duas últimas apresentações desta primeira temporada da peça acontecem nesta quinta e sexta, dias 24 e 25, sempre às 20h30, no Sesc Boulevard, que fica bem em frente à Estação das Docas.

O técnico em informática Marcos Fragoso esteve no Sesc Boulevard na quinta, dia 17, e também ficou impressionado com o fluxo de pessoas interessadas em mergulhar no universo proposto pela montagem. “Acho fantástico ver o quanto estamos nos interessando mais por nossa História. Isso é fundamental. Projetos como esse merecem nossa atenção e respeito porque trazem para perto de nós o melhor da nossa memória cultural. A Cabanagem precisa ser constantemente lembrada e reverenciada”.

Educadores estão organizando grupos para prestigiar a peça e realizar trabalhos interdisciplinares posteriormente. Alunos das escolas Ulisses Guimarães, Princesa Izabel e Cândido Horácio Evelin marcaram presença nas plateias. A professora universitária Dani Lourinho celebra o sucesso do espetáculo e conta uma curiosidade: “Eu estava lá, pedindo mais. Durante a espera antes da peça, escutei alguém passando e, vendo a longa fila, dizendo: nossa, como o teatro paraense anda popular”.

A jornalista Luciane Fiuza igualmente exalta o empreendimento da Nós Outros: “Sucesso é isso: casa lotada e sessão extra. Para quem perdeu, dias 24 e 25 tem mais. Parabéns Carlos Correia Santos e seu texto sempre impecavel, Hudson Andrade lindíssimo em cena, Cacau Novais, um encanto,  e toda a equipe deste maravilhoso espetáculo, que resgata a nossa história e a luta de nossos guerreiros e imortais cabanos”.

INTERCAMBIO E AVAL

Acompanhando a repercussão da peça pelas mídias sociais, o dramaturgo argentino Santiago Serrano (autor de célebres obras cênicas, como “Dinossauros”, montada no Brasil, com grande sucesso, por Carmem Moretzsohn e Murilo Grossi) postou no Facebook o elogio: “A qualidade faz com que o público assista”.

O escritor Raimundo Sodré foi assistir BATISTA na sexta, dia 18, e igualmente publicou no Facebook suas impressões: “Todo o enredo é permeado pela dramaticidade musical que faz do palco um anunciado calvário. O espetáculo é minado de poderosos efeitos sonoros e visuais, o que alteia seu valor estético. A cena final é, sobremaneira, exuberante. Iconográfica. Remissiva. Mundana e espiritualizada, donde deduzimos que, para sentir, temos que estar lá. Mas tem que se aviar. Não deu pra quem quis. Portanto, cuide pra chegar cedo, nas próximas apresentações”.

O ator paraense Jorge Anderson também esteve nas sessões de BATISTA e manifestou seu entusiasmo a respeito do empreendimento levado ao palco: “É uma oportunidade única de conhecer um pouco mais da rica e lutadora história desse imenso Pará. Agradeço pela imensa troca e pelo cunho histórico de nossa história esquecida e pouco lembrada por nós. E por acreditarem no Teatro Paraense e em seu público. Grande Trabalho. Um mergulho profundo em nossas raízes”.

O autor e protagonista reverenciam o carinho do público e agardecem o momento especial vivido: “Repercussões como essas fazem valer todo o esforço que é realizar ações culturais em nossa região. O bem querer do público justifica cada empenho nosso. Não contamos com nenhum patrocínio oficial. Só contamos com esse carinho findamental das plateias e com apoios aos quais agradecemos intensamente”, pontua Carlos Correia Santos. E Hudson Andarde arremata: “Gratidão é a palavra a esse grupo maravilhoso com quem eu tenho a honra de trabalhar. Muito obrigado ainda ao Vilhena e ao SESC Boulevard que estão dando a esta cidade uma lição de respeito ao artista e a arte. Uma casa na qual eu desejo estar muitas e muitas vezes, como artífice e como público”.


BATISTA tem consultoria de direção assinada por Adriana Cruz, concepção de luz feita por Sonia Lopes, trilha sonora original criada por Júnior Cabrali e fotos de divulgação de Brends Nunes e Frederico Mendonça. A preparação corporal dos atores foi feita por Claudio Temporal. Os apoios culturais são do Sesc Boulevard, Revista Pará Mais, Unipop e Gráfica Dmazon.


Serviço: Duas últimas apresentações da primeira temporada de “Batista”. Nesta quinta e sexta, dias 24 e 25, às 20h30, no Sesc Boulevard. Entrada franca.







domingo, 13 de maio de 2012

PÚBLICO LOTA AS DUAS PRIMEIRAS SESSÕES DE BATISTA



As duas primeiras sessões do espetáculo BATISTA movimentaram grande quantidade de público, nesta quinta e sexta (dias 10 e 11 de maio), no Sesc Boulevard, em Belém. Filas grandes se formaram para assistir a peça que apresenta traços da biografia do cônego Batista Campos, apontado como um dos mentores da Cabanagem. A montagem segue em cartaz, com entrada franca, nas próximas semanas. As novas sessões acontecem nos dias 17, 18, 24 e 25, sempre às 20h30.





Serviço: “Batista” é uma obra de Carlos Correia Santos. Texto vencedor do Prêmio IAP de Edições Culturais. Publicado pela Giostri Editora (SP). Essa montagem é uma realização da Companhia Teatral Nós Outros em homenagem aos 230 anos de Batista Campos. Espetáculo protagonizado e dirigido por Hudson Andrade. Participação especial: Cacau Novais. Consultoria de direção: Adriana Cruz. Concepção de luz: Sonia Lopes. Trilha sonora original: Júnior Cabrali. Demais fotos promocionais: Frederico Mendonça e Iara Correia Santos. Primeira temporada: dias 10, 11, 17, 18, 24 e 25 de maio, sempre às 20h30, no Sesc Boulevard. Entrada franca. Apoio cultural: Sesc Boulevard, Unipop, Revista Pará Mais e Gráfica Dmazon. Agradecimento especial a Cláudio Temporal pela preparação corporal. Informações: 8167-3835 / 8822-4453 / 8199-1322



ESPETÁCULO SOBRE BATISTA CAMPOS ESTREIA EM BELÉM


Projeto está intimamente atrelado ao compromisso de provar que teatro, História e preservação podem caminhar juntos

Após uma jornada de aproximadamente nove meses de preparações, reestruturações, apostas e ações de resgate memorialístico, teve sua estreia no Sesc Boulevard, na quinta, dia 10, às 20h30, com entrada franca, o espetáculo teatral “Batista”, de Carlos Correia Santos. Em cena, um dos grandes personagens da História Amazônica: o famoso Cônego Batista Campos. A peça celebra os 230 anos do sacerdote. O ator Hudson Andrade dá vida ao religioso e jornalista apontado com um dos grandes mentores da Cabanagem. Andrade também dirige o espetáculo, que tem consultoria de direção de Adriana Cruz e participação especial da cantora e atriz Cacau Novais.

“Batista” tem concepção de luz assinada por Sonia Lopes. Trilha sonora original criada por Júnior Cabrali. Fotos de divulgação de Brends Nunes e Frederico Mendonça. A execução de figurinos de Mariléia Aguiar e a preparação corporal de Cláudio Temporal. Os apoios culturais são de Sesc Boulevard, Unipop, Pará Mais e Gráfica Dmazon. Além desta quinta, as apresentações acontecerão nos dias 11, 17, 18, 24 e 25 de maio, sempre no mesmo horário e sempre com entrada franca.

Realização da Companhia Teatral Nós Outros, a montagem chega à ribalta atrelada a uma campanha que vem despertando grande atenção da mídia e dos internautas. Os artistas ligados ao trabalho criaram o projeto “Ruínas da Memória” para exigir do poder público iniciativas de revitalização, manutenção e maior divulgação das Ruínas do Murutucu, sítio arqueológico intimamente ligado ao movimento cabano. Os espectadores que forem às sessões serão convidados a assinar uma petição pública que dará suporte a esse pleito.

DENÚNCIA

A proposta de unir a peça à campanha surgiu depois que a trupe decidiu fazer as fotos de divulgação no Murutucu. Os artistas encontram o lugar tomado por mato alto, lama e dejetos. “Para nós do projeto, estamos hoje lidando com um empreendimento que já não é somente um espetáculo teatral. É um ato cívico. A peça é um disparador para discutirmos algo bem mais amplo: nosso patrimônio memorialístico, nossos bens históricos, nossa herança. A partir de traços da história do Batista, falamos sobre o movimento cabano, instigamos o público a pensar em nossa atual inércia no que tange às contestações sociais e provocamos também a reflexão sobre o que estamos fazendo com nosso passado tão exemplar”, afirma Carlos. O autor revela ainda que o grupo decidiu criar a Associação dos Amigos das Ruínas do Murutucu.

Para todos os membros da equipe, “Batista” é uma grande aposta em diversos sentidos. Além da mobilização paralela proposta, o fazer artístico encontra vias especiais, como explica Hudson: “O texto é denso, difícil. Montá-lo tem sido um exercício de me desafiar a representar um personagem tão grande, de me confiar ao olhar múltiplo da equipe para dar suporte à minha direção”. Entregue ao delicado compromisso de transitar entre a carreira musical e a cênica, Cacau Novais também comemora o momento que vem experimentando: “Além de subir ao palco para um trabalho diferente, o de teatro, é muito bom poder tratar de episódios históricos e resgatar a pessoa além do mito, mostrar um pouco do ser humano, da alma de Batista. Isso tudo nos faz lidar com o sentimento, com a dor, com a tristeza, mas também com a força e a coragem”. A iluminadora Sônia Lopes concorda: “Não conhecia a história de Batista Campos. Ao longo do processo de montagem, eu me deparei com informações sobre um homem guerreiro, forte e humano. Acabei me envolvendo com sua biografia”.

CELEBRAÇÃO E COMPROMISSO

O mergulho na composição autoral da trilha do espetáculo exigiu de Junior Cabrali pesquisa intensa e o uso de referências especiais. Uma delas é o som dos sinos. Segundo relatos bibliográficos, no dia em que a morte do cônego foi anunciada, os campanários de Belém soaram unanime e intensamente. “Mesmo precisando de madrugadas e madrugadas para editar áudios, compor trechos, gravar e criar coisas, sinto uma felicidade e segurança quase inexplicáveis com esse trabalho”, conta o músico. Responsável pelas fotos que expuseram o estado de abandono do Murutucu e subsidiaram a campanha de conscientização, Brends Nunes enfatiza: “Esse projeto se transformou numa grande celebração, um grande movimento de luta, dentro e fora da sala de ensaio”.

“Desde a sua gênese, essa montagem de Batista está de mãos dadas ao compromisso de chamar atenção para a relação entre teatro, História e Patrimônio. Ficamos felizes quando o Sesc Boulevard acolheu a estreia porque fisicamente o espaço está ao lado da Igreja das Mercês, que também foi um palco importante para a Cabanagem. O alerta com relação ao Murutucu aliou-se a nossa proposta. Vamos nos manter atentos a essa questão. De forma irredutível”, pontua Carlos Correia Santos.

Serviço: “Batista” é uma obra de Carlos Correia Santos. Texto vencedor do Prêmio IAP de Edições Culturais. Publicado pela Giostri Editora (SP). Essa montagem é uma realização da Companhia Teatral Nós Outros em homenagem aos 230 anos de Batista Campos. Espetáculo protagonizado e dirigido por Hudson Andrade. Participação especial: Cacau Novais. Consultoria de direção: Adriana Cruz. Concepção de luz: Sonia Lopes. Trilha sonora original: Júnior Cabrali. Demais fotos promocionais: Frederico Mendonça e Iara Correia Santos. Primeira temporada: dias 10, 11, 17, 18, 24 e 25 de maio, sempre às 20h30, no Sesc Boulevard. Entrada franca. Apoio cultural: Sesc Boulevard, Unipop, Revista Pará Mais e Gráfica Dmazon. Agradecimento especial a Cláudio Temporal pela preparação corporal. Informações: 8167-3835 / 8822-4453 / 8199-1322

VIDEO RELEASE:


TEXTO COMPLEMENTAR

Sobre as Ruínas do Murutucu

Um dos mais importantes engenhos da região, o Murutucu foi destruído durante os episódios da Cabanagem. De propriedade da família Rodrigues Martins, o engenho ficou conhecido pela crueldade com que eram tratados os escravos. A capela foi projetada por Antonio Landi, que nela imprimiu seu estilo. Ali foi realizado o casamento da filha do arquiteto, nora do dono da propriedade. Embora tenha sido construída ainda em 1711, pela congregação Carmelita, Landi modificou as feições na segunda metade do século dezoito.



É interessante saber que naquele espaço em que hoje sobrevivem as ruínas, já estiveram funcionando uma casa de engenho, uma roda d'água, o barracão para negros, uma casa de moradia e todos os apetrechos para a produção de melado e da rapadura.