Nova temporada de “O Assassinato de Machado de Assis”
mobiliza imenso público em Belém
Peça
de Carlos Correia Santos, montada pelo Coletivo Parla Palco, foi tão aclamada
que rendeu campanha na internet pedindo novas temporadas
Sucesso
absoluto. Palavras que definem a recente temporada que o espetáculo O ASSASSINATO DE MACHADO DE ASSIS, de Carlos Correia Santos, cumpriu no Sesc
Boulevard, em Belém, de 20 a 23 de setembro. As sessões da montagem tiveram
público recorde. Filas imensas, plateias completamente lotadas e pessoas
concordando em assistir em pé as apresentações. A mobilização foi tal que uma fã
criou uma campanha no Facebook pedindo novas temporadas da peça.
A
produção traz no elenco Gustavo Saraiva, Márcio Mourão e Tiago de Pinho, com
participação especial do radialista Cleiton César. A direção é de Lú Maués, a
sonoplastia original é de Luiz Fernando Vaz, a operação de sonoplastia de Nelson
Borges e luz de Wallace Horst. A temporada no Sesc Boulevard contou com o apoio
do Espaço Atores em Cena, Revista Pará Mais, Sindifisco Nacional e do professor
Geovane Belo. A assessoria e produção de conteúdos são da Parla Página.
O
caso que sobe ao palco é bastante espantoso. Ao receber a honraria de se tornar
o primeiro imortal das Letras Brasileiras, Machado de Assis ganhou o direito de
mergulhar em sua própria obra. Assim, passou a conviver com seus complexos e
realísticos personagens. Não sabia o grande risco que estava correndo. Uma de
suas criações, com ciúme do sucesso maior de outras, decidiu cravar um punhal
em suas costas durante uma visita que o pobre autor fazia ao túmulo de Brás
Cubas. Essa é a história que um detetive chamado Queiroz ouve quando decide
investigar o que parece absurdo: o assassinato do mestre maior da Literatura
Nacional. Sua contratante? Ninguém menos que a célebre Capitu. Ela afirma que
teria sido a grande pivô de tamanha atrocidade. Os suspeitos? A inconformada
Helena, que foi titular de um romance, mas nunca fez tanto sucesso quanto
Capitu. O excêntrico Simão Bacamarte, do conto O Alienista. Não seria ele um
grande louco? E por que não suspeitar também de Brás Cubas, sempre tão
cáustico? Mas Capitu pode estar mentindo. Afinal, todos sabem que ela tem
aquele olhar de cigana obliqua e dissimulada.
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