E assim me fita,
como quem desfia a fita
que uniu o belo à bonita,
que uniu o crer ao acredita,
que criou a união do não a todo sim.
E assim me espreita
com a desfeita mais que enfeita,
com a indimensão que mais estreita,
com a equivocada mais direita,
com o direito de ser não ser sem fim.
E assim e assim
assina-se viúva de minhas mortes,
um existido que me assassina os cortes
e me deixa vid’escrito em nanquim.
E assim, assim
gesta-me anjo na madrugada,
ala-me com pétala delicada
e me torna rosa-querubim.
E assim, por fim, me versa
com uma conversa de quem não vai nem ia,
fita-me com o afã de um tal sorria,
deita-me na boca um não choraria
e se confessa poesia-mim.
como quem desfia a fita
que uniu o belo à bonita,
que uniu o crer ao acredita,
que criou a união do não a todo sim.
E assim me espreita
com a desfeita mais que enfeita,
com a indimensão que mais estreita,
com a equivocada mais direita,
com o direito de ser não ser sem fim.
E assim e assim
assina-se viúva de minhas mortes,
um existido que me assassina os cortes
e me deixa vid’escrito em nanquim.
E assim, assim
gesta-me anjo na madrugada,
ala-me com pétala delicada
e me torna rosa-querubim.
E assim, por fim, me versa
com uma conversa de quem não vai nem ia,
fita-me com o afã de um tal sorria,
deita-me na boca um não choraria
e se confessa poesia-mim.
Carlos Correia Santos
in POETICÁRIO (RKE, 2005)
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