sábado, 17 de março de 2012

MUSICAL SOBRE MARGARIDA SCHIVASAPPA CHEGARÁ AO PALCO


A memória em torno de uma das mais importantes damas da cultura amazônica está por subir aos palcos. Livremente inspirada no acervo do pesquisador Antônio Pantoja, a peça Acorde Margarida promete trazer para mais próximo do público curiosidades e detalhes sobre a trajetória de Margarida Schivasappa, musa cultural que hoje dá nome a um importante teatro da capital paraense. Escrito por Carlos Correia Santos, com direção geral de Hudson Andrade, direção musical de Reginaldo Viana, assistência de direção de Luciana Porto e assistência de direção musical de Zé Neto, o espetáculo une canto, dança e lirismo. As coreografias têm assinatura de Waldete Brito e a realização é da Companhia Teatral Nós Outros, com incentivo da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves. A montagem conta ainda com apoio cultural do Grupo RBA, Funtelpa, EKO Estratégias em Comunicação, Espaço Experimental de Dança, Giostri Editora, Gráfica D´Avila, INCRA, Produtora Nova, Escritório de Advocacia Vidinha Sarmento & Lisboa, alunos de Jornalismo da Faculdade Ipiranga e A Casa da Atriz. Quem assina a assessoria de comunicação e a criação de conteúdo do projeto é a Parla Página.

A produção deve ser apresentada numa leitura dramática no dia 25 de fevereiro, no hall de entrada do Centur, como parte das comemorações pelos 25 anos do teatro Schivasappa, e depois entra em temporada formal de 15 a 18 de março, no Teatro Cláudio Barradas. A ideia é que o espetáculo circule por vários palcos da capital e do interior até ganhar apresentação especial na reabertura do teatro da Fundação Tancredo Neves, atualmente em reforma.

O elenco conta com Maíra Monteiro, Tiago de Pinho, Juliana Porto e Fernanda Barreto. O suporte musical é feito por Reginaldo Viana, Zé Neto e Leoci Medeiros. A cenografia e figurinos são assinados por Néder Charone e a iluminação é de Sônia Lopes.

“A criação desta dramaturgia só foi possível graças à gentileza do pesquisador Antônio Pantoja, que me permitiu ter acesso ao vasto material documental que ele vem reunindo sobre Margarida ao longo de muitos anos. Esse material está sendo transformado em livro, uma grande e completa biografia. E a peça se inspira nesse acervo para poetizar no palco o legado de Schivasappa”, conta o autor, Carlos Correia. E o dramaturgo explica ainda que duas edições estão a caminho. “Além da biografia do Pantoja, cujo processo de edição está sendo encaminhado pelo Centur, a dramaturgia também será lançada em livro, mas pela editora Giostri, de São Paulo. No final das contas, isso tudo representa grandes ganhos para o resgate da trajetória dessa relevante senhora das cenas e dos acordes”.

ENREDO

A metáfora é a grande senha usada pelo enredo de Acorde Margarida para abrir as portas do universo em torno da grande dama do canto e do teatro nortista. No concorrido e abarrotado DMP (Departamento da Memória Pública), chega um pedido urgente e aflito. Um ofício anônimo implora: por favor, resgatem o legado de Margarida Schivasappa. O atrapalhado despachante que recebe a solicitação fica angustiado. Mas quem, afinal, é essa senhora? Só lhe resta pedir a ajuda de sua superiora, a apática e estranha Madame Memê. O problema é que nem ela sabe quem é a tal Margarida. Tudo fica muito mais complicado quando duas senhoras surgem no DMP afirmando que são Margarida Schivasappa.

Mas qual das duas fala a verdade? E por que toda essa confusão está acontecendo? Uma grande e provocativa metáfora sobre o esquecimento que aprisiona o legado de artistas fundamentais para a História Cultural do Brasil: esse é o diapasão que afina o musical Acorde Margarida, mais um texto do premiado dramaturgo Carlos Correia Santos que revira os baús do ontem para trazer de volta à luz a obra de grandes mestres. Aluna de Villa Lobos, destacada por Getúlio Vargas e saudada por Bibi Ferreira, Margarida Schivasappa atuou decisivamente para o crescimento da arte cênica na região Norte. Foi uma das fundadoras do Teatro do Estudante, disseminou a técnica do Canto Orfeônico e ajudou na chegada da Fundação Pestalozzi ao Pará.

Serviço: Acorde Margarida, um musical de Carlos Correia Santos, livremente inspirado na pesquisa de Antônio Pantoja. Direção geral de Hudson Andrade, direção musical de Reginaldo Viana, coreografias de Waldete Brito. Realização da Companhia Teatral Nós Outros com incentivo da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves. Mais informações pelo fone 8167-3835, pelo blog http://acordemargarida.blogspot.com e através do Twitter @acordmargarida

VEJA OS VÍDEOS DO ESPETÁCULO:

http://www.youtube.com/watch?v=5JZilGsZqoU

http://www.youtube.com/watch?v=u8og4iXymv8&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=nSo8urAgP9I&feature=related

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