terça-feira, 1 de dezembro de 2009

OBRA DE PARAENSE DISTRIBUÍDA NO PAÍS

Matéria publicada no jornal O LIBERAL, em 26 de novembro de 2009

O escritor paraense Carlos Correia Santos foi o grande vencedor da categoria ‘’Dramaturgia’’ do concurso binacional 'Literatura Para Todos', promovido pelo Governo Federal, através do Ministério da Educação. Aberto a autores de todo o Brasil e dos países africanos que adotam a língua portuguesa, o edital tinha como proposta destacar obras inéditas destinadas aos chamados neoleitores (crianças, jovens e adultos recém-alfabetizados). Também foram premiadas obras nas categorias prosa, poesia, tradição oral e perfil biográfico. O texto com que Carlos Correia venceu a disputa (uma peça para o público infanto-juvenil) se chama 'Não Conte com Um Número Um no Reino de Numesmópolis'. Além de receber o prêmio de R$ 10 mil, ele terá seu trabalho transformado em livro que será distribuído a centros educacionais de todo o país.

A entrega do prêmio deverá acontecer em Belém, no início do mês de dezembro, durante a VI Conferência Internacional de Adultos (Confintea), importante iniciativa de mobilização educacional com repercussão mundial. Há vários anos o evento não era realizado no Brasil. Este ano, a capital paraense será o palco para a ação. O fato do concurso ter entre seus premiados um autor paraense foi uma feliz coincidência.

A realização do Concurso Literatura para Todos é uma das estratégias da Política de Leitura do Ministério da Educação, que procura democratizar o acesso à leitura, constituir um acervo bibliográfico literário específico para jovens, adultos e idosos recém alfabetizados e criar uma comunidade de leitores. Esse novo público é chamado de neoleitor.

O MEC publica e distribui as obras vencedoras às entidades parceiras do Programa Brasil Alfabetizado, às escolas públicas que oferecem a modalidade EJA, às universidades da Rede de Formação de Alfabetização de Jovens e Adultos, aos núcleos de EJA das instituições de ensino superior e às unidades prisionais.

Em 2009, em sua terceira edição, os candidatos concorreram nas categorias prosa (conto, novela ou crônica), poesia, texto de tradição oral (em prosa ou em verso), perfil biográfico e dramaturgia. Foram selecionadas duas obras das categorias: prosa, poesia e textos da tradição oral e apenas uma obra nas categorias perfil biográfico e dramaturgia. A disputa também esteve aberta para obras, de qualquer uma das modalidades do concurso, produzidas por autores naturais dos países africanos de língua oficial portuguesa: Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Em 2008, 729 foram inscritas. Desse total, 129 obras foram desclassificadas por não atenderem às exigências do edital. Concorreram ao prêmio 608 obras inscritas , sendo 301 textos em prosa (contos, novelas, crônicas), 14 biografias, 30 textos de tradição oral, 246 poesias e 17 obras de países africanos.

O livro é uma fábula na qual os números viram personagens em um mundo impensável. Esse é o grande mote da obra com a qual Carlos Correia Santos venceu o III Concurso Literatura para Todos. Cansado de precisar tomar sempre a primeira iniciativa sobre todas as coisas, o Número Um, o grande soberano do reino dos algarismos (Numesmópolis), decide abandonar tudo.

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