Meus cinco dedos da mão direita
são tempo, cor, violino, dor,
fantasia.
Aponto o hoje, anel de verde,
toco o amanhã, dedilho lágrima,
sorriria.
Mas meus dedos da mão esquerda
são pedra, breu, fogo, eu
e o que ninguém seria.
Furo o chão, apago o não, nego o teu,
escrevo o meu e, com a unha,
risco poesia.
são tempo, cor, violino, dor,
fantasia.
Aponto o hoje, anel de verde,
toco o amanhã, dedilho lágrima,
sorriria.
Mas meus dedos da mão esquerda
são pedra, breu, fogo, eu
e o que ninguém seria.
Furo o chão, apago o não, nego o teu,
escrevo o meu e, com a unha,
risco poesia.
(Carlos Correia Santos. Do Livro Delicare)
2 comentários:
ouso aqui fazer um comentário... e é apenas isso: um comentário, encontrar um poeta é algo maravilhoso, no entanto encontrar a poesia é algo fantástico que atinge o irreal. E foi este encontro que tuas palavras proporcionaram, vislumbrei sentimentos ao lê-las e a isso só posso aplaudir e agradecer...Val
Ainda não conhecia... Agota fica mais fácil lê-lo...
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